Você já conhece o projeto de pesquisa A Voz da Resistência?

Uma das respostas possíveis é que as mulheres sempre escreveram, mas nem sempre suas obras foram publicadas em seu nome, além de a literatura, por muito tempo, ter sido um espaço para homens branco de classes mais abastadas.

Mas, atualmente, existe uma nova vertente da poesia contemporânea que são as batalhas de slams, em que cada poetisa pode se inscrever livremente e declamar seus versos autorais, sendo avaliada por um júri. Essa modalidade é bastante conhecida nas redes sociais pelos jovens.

O projeto A Voz da Resistência buscou pesquisar e reunir slams e biografias de mulheres negras e suburbanas do século XXI. O objetivo principal foi criar um blog que apresenta os dados obtidos por meio de entrevistas realizadas virtualmente com as slammers, reunindo links para suas páginas pessoais, vídeos, organizando sua biografia e produção poética em um único espaço. Este trabalho catalográfico, em um primeiro momento, reuniu um material vasto e disperso, além de pouco estudado pelo domínio acadêmico.

Concomitantemente ao trabalho de diálogo com as poetisas, e organização do material para o blog, por meio de reuniões mensais, estudamos obras sobre a importância do feminismo e da negritude, de maneira que pudéssemos fundamentar o nosso trabalho.

Concluída esta primeira fase, o projeto pretende iniciar, assim que as aulas presenciais do campus retornarem, ações de ensino e extensão, fundamentadas na pesquisa, organizando oficinas de slam em escolas públicas de Camaquã que demonstrarem interesse em conhecer e participar de um campeonato interescolar. Assim, diversos temas de complexidade social poderão ser debatidos.

Nesse mês participamos da 14ª Jornada de Iniciação Científica do Instituto Federal Sulrio-grandense (JIC) e fomos premiadas na área de Linguística, Letras e Artes – Ensino Médio. Abaixo, você pode nos conhecer um pouco mais, e para acompanhar nosso trabalho, pode acessar o blog: https://avozdaresistenciaslam.blogspot.com/