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Participação dos professores do IFSul-Camaquã na aula pública em Dom Feliciano

Participação dos professores André Luís Borges Lopes, Caroline Neugebauer Wille, Isabel Gomes Ayres e Yve Eligiêr Alves Gadelha, na aula pública em Dom Feliciano. 
  • Publicado: Quarta, 27 de Junho de 2018, 20h22
  • Última atualização em Quarta, 27 de Junho de 2018, 20h22
 
No dia 21 de junho, quinta-feira, os professores do IFSul-Camaquã, André Luís Borges Lopes, Caroline Neugebauer Wille, Isabel Gomes Ayres e Yve Eligiêr Alves Gadelha, realizaram uma aula pública, promovida pela Secretaria de Educação, Esportes e Cultura e Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de Dom Feliciano.
 
Ocorrida nas às margens do Arroio Forqueta, os professores tiveram um bate papo com os estudantes, sobre os vários aspectos da água como bem público necessário para a vida.
 
O professor André debateu sobre como as civilizações se moldaram aos corpos hídricos para se desenvolver e citou guerras hídricas que ocorrem na conjuntura atual. “A água é a fonte da vida, muito mais que um recurso econômico, e temos que cuidar e preservar”, salientou. O Brasil possui uma das maiores reservas de água doce do mundo – tanto em bacias hidrográficas, quanto aquíferos. “São nossos o Aquífero Guarani e Alter do Chão do Amazonas”, considerou. “Nós somos os degradadores desta água e podemos mudar isso”, disse. “A história é feita por nós e estamos aqui, justamente, para discutir estas questões”, ressaltou. 
 
 
Em defesa da água
 
A professora Caroline salientou que tudo depende de água, desde os processos biológicos, quanto tecnológicos e industriais. “A nossa legislação coloca que a vida humana esta acima de tudo, mas não é o que acontece, ainda existe muita gente morrendo em função de doenças veiculadas pela água ou pela falta dela”, comentou. “Sem água não produzimos alimentos”
 
“Precisamos ficar de olho nos políticos, porque hoje a legislação não permite que a gente venda estes reservatórios – Guarani e Alter do Chão, mas como vocês devem ter visto na internet tem varias indústrias interessadas em explorar os nossos aquíferos”, alertou Caroline. “Temos que fazer ações como estas que vocês estão fazendo, cobrando, por exemplo, que a CORSAN verifique a qualidade da água que a população está bebendo”.  
 
Caroline também revelou estimativas do consumo de água que consumimos, associada a mudança de clima, em 2030 poderá haver uma quebra de safra de 70% dos alimentos. ”Vocês sabem o tamanho do Aquífero Guarani?”, perguntou aos estudantes. “O aquífero guarani tem água para manter as pessoas do Brasil durante 2, 5 mil anos”.
 
Ela ressalta ainda que a necessidade, de cada um, promover ações em defesa da preservação das águas, como a necessidade das fossas sépticas. “Hoje uma em cada sete pessoas não tem acesso à água, e temos 50% dos nossos reservatórios contaminados de alguma forma”, alertou. “Se a água é tão essencial para o desenvolvimento humano e da sociedade, vamos continuar jogando nosso futuro ralo abaixo?”.
 
 
Contaminação
 
A professora Isabel, juntamente com a estudante do câmpus, Karolina Wenske Gayeski, realizaram uma demonstração visual de como acontece a contaminação das águas. “Poluímos o Forqueta que vai para outro arroio, que vai para na Lagoa dos Patos e desemboca no mar”, explicou Isabel.
 
“A contaminação pode parar nas águas subterrâneas ou diretamente, deste manancial (Forqueta), para toda água que temos no planeta”. Explica ainda, que esta contaminação influência a vida marinha, água subterrânea, além da água superficial.
 
 
A água e o corpo
 
A bióloga Yve salientou que a composição do corpo humano é basicamente água. “Nosso sangue tem 81% de água na composição, nossos músculos - 75%, nosso pulmões - 86%”, esclarece. “Muitas reações químicas só são feitas por causa da água, somos seres biológicos e químicos e precisamos de água para fazer reações químicas dentro do nosso organismo”.
 
Também o que é produzido pela indústria demanda muita água - 1kg de carne necessita de 17 mil litros de água, 1kg de manteiga - 18 mil litros. “Tudo que consumimos demanda muita água, por isso temos que utilizá-la com racionalidade”, alertou. “Levam isso para frente dessa nossa aula aqui e aproveitem para admirar este cenário lindo e evitem jogar lixo, protejam o Forqueta, que é um recurso limitado importante para todos nós”.
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